PODE UM CRISTÃO PARTICIPAR DE FESTEJOS JUNINOS?
O Deus revelado nas Escrituras Sagradas, imutável como é, tem mantido seu elevado padrão para relacionar-se com seus servos. Ele é santo e espera que seu povo seja santo, inteiramente comprometido com Ele, o que implica a rejeição de toda religiosidade dissociada dos princípios bíblicos. O Senhor, por ser santo, não divide espaço no coração dos seus servos com os ídolos criados pelo homem. Nosso Deus nos alerta que “onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6:21).
Na Antiguidade, ao revelar-se como Deus santo e verdadeiro, o Senhor ordenou a seu povo romper com a grande prostituta espiritual daqueles dias, Babilônia, a cidade da idolatria e da perseguição aos profetas do Senhor: “Saí do meio dela, ó povo meu, e livrai cada um a sua alma do ardor da ira do Senhor” (Jeremias 51:45). No Novo Testamento, a profecia indica que o sistema estabelecido neste mundo, no tempo do fim, também rejeitaria a espiritualidade bíblica e promoveria uma religiosidade idólatra, semelhante às antigas práticas babilônicas, por isso, ordena à geração de crentes dos tempos finais que abandone tal sistema: “ E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” (Apocalipse 18:4).
A religiosidade considerada politicamente correta em nossos dias afirma que festejos juninos são aceitáveis e até mesmo alguns segmentos evangélicos criam o “São João” na versão gospel. Muitos evangélicos têm se contentado com a falsa afirmação de que festejos juninos são eventos culturais, ainda que próprios da cultura e do calendário litúrgico católico. Mas, a Palavra de Deus apresenta com clareza a ira do Senhor contra a idolatria e as tristes consequências advindas sobre o povo que tolera tal pecado. Não, um cristão não tem autorização do Senhor para participar dos festejos dedicados a três ídolos de Roma: Pedro, Antonio e João. O primeiro é considerado o santo protetor dos pescadores e das viúvas. O segundo é conhecido como “santo festeiro”, protetor dos casados e dos pobres. O terceiro é conhecido como o santo protetor dos enfermos e da amizade. Em cada evento junino, a cultura idólatra e pagã promovida por Roma é reforçada e o Evangelho é rejeitado. “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (I Coríntios 10:14).
O testemunho cristão, que contempla arrependimento e conversão genuína a Cristo, é sacrificado pelos crentes participantes de festejos juninos. A tolerância aos rodeios, eventos igualmente eivados por práticas idólatras, aos festejos carnavalescos e aos shows marcados por música imoral e toda sorte de vícios é a colheita final daquele que semeia amizade com o São João. Na verdade, quem participa de festejos juninos, está aberto à participação em outros eventos “culturais” do mundo ímpio.
Livre-se da justa ira de Deus. Afaste-se de toda e qualquer festa idólatra denominada junina. Queira viver em santidade e promover a santificação da sua Igreja e da sua família. Eu e minha casa decidimos, a despeito de críticas que nos sejam eventualmente direcionadas, não nos contaminarmos com o banquete da Babilônia nestes dias.
É possível que um crente em Jesus não se incomode ao perceber o povo divinopolitano tão entregue à idolatria e até mesmo se envolva com festejos juninos? Paulo, sob a direção do Espírito Santo, reagiu de modo diferente à idolatria ateniense: “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria” (Atos 17:16).
Diante das rejeições de alguns crentes ao correto ensino das Escrituras, tenho me apegado àquilo que o Senhor disse ao profeta Ezequiel enquanto este ministrava a um povo rebelde e cheio de si: “E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber, contudo, que esteve no meio deles um profeta” (Ezequiel 2:5). Que assim seja, para a glória do Deus Eterno!
Pr. Tarcísio Farias Guimarães