MISSÕES A TEMPO E FORA DE TEMPO
Vivenciamos tempos difíceis. Precisamos administrar os efeitos da persistente crise econômica brasileira que produz endividamento, desemprego e muita miséria. Todavia, essa não é a única crise dos nossos dias. Há uma profunda crise moral entre os homens, uma crise espiritual antiga que reflete a pecaminosidade de todos, e ainda podemos falar da crise ecológica, das sucessivas crises políticas, da crise de identidades, de tantas crises que nos cercam.
Em tempos de crise, as pessoas abrem-se para toda espécie de solução ofertada, desesperam-se facilmente e perdem a alegria do viver. Diante disso, arma-se um excelente cenário para a pregação do Evangelho, para a proclamação da esperança que há em Cristo Jesus e que nenhum outro plano ofertará com garantia eterna. Este é o tempo para praticarmos a instrução de II TIMÓTEO 4:2, que ensina: “Que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo”. Quando Paulo escreveu a Timóteo a instrução solene, ele tinha em mente o trabalho do arauto na Antiguidade, um mensageiro que tinha a responsabilidade de tornar pública a vontade do seu superior. Todos deveriam ouvir e cumprir aquilo que era pregado pelo arauto.
Tempos de crise econômica são tempos propícios à pregação do Evangelho, pois, pregamos Cristo a tempo e fora de tempo, quando tudo parece bom e até quando tudo nos é desfavorável. Tempos de crise são os melhores momentos para confrontarmos o homem perdido, mostrando-lhe o engano que é confiar no poder do próprio homem e a necessidade de ter sobre sua vida a direção do Deus Eterno.
É tempo de demonstrarmos ao mundo o valor da nossa fé e realizarmos mais uma excelente campanha de missões regionais, apesar das dificuldades que todos nós enfrentamos. Precisamos responder à crise com atos de coragem e ousadia espiritual, atos traduzidos por nossa intensa participação na expansão do Reino de Deus em Divinópolis e em todo o Oeste de Minas.
Assim como Timóteo deveria fazer, devemos pregar Cristo a crentes e descrentes, advertindo-os acerca dos perigos do pecado e da condenação eterna, encorajando-os a conhecerem as verdades do Evangelho e chamando-os a se portarem como discípulos de Jesus. As aflições do nosso tempo não devem ser desculpas para descumprirmos a ordem do Senhor (II TIMÓTEO 4:5). Chegará o dia em que prestaremos contas a Deus por tudo que fizemos (ou deixamos de fazer!) em nome dele, no lugar em que Ele nos plantou (II TIMÓTEO 4:1).
A crise econômica atual não deve trazer crise à obra missionária, ao nosso compromisso de sustentar as missões em nossa terra e levar muitas vidas ao conhecimento do Salvador. Levantemo-nos e proclamemos ao próximo a segurança daquele que serve ao Senhor, especialmente quando tudo à nossa volta é incerto!
Pr. Tarcísio Farias Guimarães