REVOLTA ESPIRITUAL
O capítulo 17 do Livro de Atos dos Apóstolos narra, a partir do versículo 16, a visita do Apóstolo Paulo a Atenas, cidade considerada, à época, berço da civilização grega e o mais famoso centro intelectual do mundo. Enquanto aguardava a chegada de Silas e Timóteo, o Apóstolo observava os imponentes templos dedicados a vários deuses pagãos e uma arquitetura belíssima que espalhava-se por toda a cidade, tendo como principal objetivo a exaltação a milhares de deuses. Dentre os altares observados, Paulo percebeu que havia até mesmo um altar dedicado “ao deus desconhecido”. Diante de tudo que viu em Atenas, o Apóstolo Paulo revoltou-se. Diz o texto bíblico: “o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade” (ATOS 17:16)
Recentemente, o meu espírito também revoltou-se em face da idolatria dominante no Brasil. Enquanto eu transitava pela via Dutra, importante rodovia brasileira que faz a ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro, vi centenas de romeiros caminhando com suas bandeiras, camisas e outros objetos dedicados ao louvor do ídolo católico que é chamado, pela Igreja de Roma, de padroeira do Brasil. Caminhando em direção ao maior templo dedicado ao culto mariólatra do país, na cidade de Aparecida (SP), essas pessoas me fizeram lembrar o sentimento do Apóstolo Paulo em sua visita a Atenas.
É revoltante saber que a Igreja Romana aceita e estimula a idolatria, permitindo que pessoas enganadas por suas tradições caminhem em direção à perdição eterna. No Domingo passado, mais uma religiosa brasileira falecida foi alçada à condição de ídolo, chamada de “Santa Dulce dos Pobres”. A Palavra de Deus nos ensina que os idólatras não herdarão o Reino de Deus (I CORÍNTIOS 6:10; APOCALIPSE 21:8 e 22:15). Idólatras, inclusive, buscam relacionamento com pessoas mortas e que, segundo as Escrituras, nada podem fazer em favor daqueles que ainda vivem no mundo dos homens (DEUTERONÔMIO 18:9-14; LUCAS 16:19-31). Provocam a ira de Deus e dele se afastam cada vez que se ajoelham e fazem suas preces a um ídolo (DEUTERONÔMIO 27:15; SALMOS 16:4; ISAÍAS 42:8; ROMANOS 1:22,23). Maria, por exemplo, é chamada pelo Catolicismo de corredentora e mediadora entre Deus e os homens. Isso é heresia (JOÃO 14:6; I TIMÓTEO 2:5).
A santa revolta do Apóstolo Paulo o impeliu a falar do Deus desconhecido aos atenienses. Paulo anunciou a mensagem do único Deus verdadeiro nas sinagogas e nas ruas de Atenas, onde discípulos de escolas filosóficas o escutaram. Ele sabia que os atenienses precisavam conhecer Jesus, apesar de serem muito religiosos, pois, a religião criada por mãos humanas afasta os homens do Deus Eterno. Assim acontece com o povo brasileiro: tão religioso e tão pagão; identifica-se como cristão mas confia em ídolos.
O povo santificado pelo poder de Deus não deve revoltar-se na carne, a ponto de destratar a maioria idólatra que vive no Brasil. Deve, antes, em amor pelos perdidos e por submissão ao Deus que se revela na Bíblia, compartilhar a verdade do Evangelho, assim como fez o Apóstolo Paulo em Atenas: “não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (ATOS 17:29-31).
Pr. Tarcísio F. Guimarães