Certa vez, precisei solicitar auxílio de um líder para, juntos, resolvermos uma questão muito importante da Igreja local junto ao governo municipal. O agendamento feito pelo órgão público tocava no horário de trabalho daquele irmão que era empresário, por isso, eu lhe expliquei a impossibilidade de definir um horário melhor para nossa audiência. Rapidamente, aquele irmão em Cristo me disse: — Sem problema pastor. Eu já aprendi que, enquanto eu cuido das coisas de Deus, Deus cuida das minhas coisas. Pode confirmar a audiência.
Servir é um privilégio concedido por Jesus aos seus discípulos. As palavras do nosso Senhor são muito claras: “eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (JOÃO 15:16). Parecer-se com Jesus, mais e mais, a cada dia, é o alvo da vida cristã, até que sejamos tal como Aquele que “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (FILIPENSES 2:8). As palavras de Jesus somente fazem sentido para quem já é dirigido pelo Espírito de Jesus e, por causa da união com Ele, reconhece que servir faz bem.
Servir com excelência é o que se espera do salvo por Cristo. Não apenas cumprir escalas ou retribuir o bem que lhe foi feito, mas fazer tudo que é possível por Aquele que fez o que era impossível aos homens. O serviço cristão deve sempre contemplar o alvo da excelência no cuidado com o próximo e na administração de todos os recursos que Deus nos entrega. Como ensina C. S. Lewis, “certamente você realizará o propósito de Deus, não importa como esteja agindo, mas faz diferença se você serve como Judas ou como João”.
Servir ao Senhor com alegria, como nos é demonstrado em SALMOS 100:2, é a atitude natural do salvo por Cristo. É o testemunho acerca da graça que alcançou e transformou o viver do servo do Senhor. Servir faz bem ao próximo mas também faz muito bem a quem serve, a quem é útil e influencia vidas para a glória de Deus. Esta é a alegria que falta ao homem dominado por egoísmo e materialismo tão comuns no mundo divorciado do Evangelho de Jesus.
O líder da Igreja mencionado no início desta reflexão era um homem próspero em seus negócios, respeitado por sua Igreja, imitado por crentes que ele ganhou para Cristo e, de modo marcante, era conhecido por sua alegria no serviço ao Senhor. Ele era uma lembrança permanente de que uma pessoa satisfeita em Cristo tem grande satisfação no serviço ao povo de Cristo!
Pr. Tarcísio Guimarães