BENDITO CORDEIRO!

O belíssimo texto de Êxodo 12:1-13 narra um dos capítulos mais emblemáticos da história da redenção: a instituição da Páscoa. No contexto da décima e última praga que assolou o Egito — a morte dos primogênitos — Deus providenciou um meio de salvação para que Seu povo fosse poupado daquele derradeiro e iminente juízo. Esse evento, cheio de simbolismos, aponta diretamente para a obra redentora de Cristo, o Bendito Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29).

A ordem era clara: cada família deveria escolher um cordeiro de um ano, macho, sem defeito, sacrificá-lo e aspergir o sangue nos umbrais das portas. O sangue funcionaria como um sinal, um lembrete do pacto entre Deus e Seu povo. Onde o sangue fosse encontrado, o anjo da morte passaria por cima daquela casa — daí o termo “Páscoa”, ou “Pessach” (passar por cima) — poupando assim o primogênito da família. Aquela noite representou um marco histórico: a dramática transição da escravidão para a liberdade, um recomeço selado pelo sangue de um sacrifício inocente.

O cordeiro pascal, com toda a sua pureza, prenunciava Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro de Deus, oferecido como sacrifício perfeito na cruz. Assim como o sangue do cordeiro livrou os israelitas da morte física, o sangue de Jesus nos redime da condenação eterna e do domínio do pecado. Ele é o Bendito Cordeiro cuja morte nos dá vida, cuja pureza cobre nossas iniquidades, e cujo sacrifício abre o caminho para a verdadeira liberdade.

Dessa forma, a Páscoa vai muito além de um feriado religioso. Ela é um memorial vivo do amor e da graça de Deus plenamente manifestos em Cristo Jesus. Contemplar o cordeiro pascal é um convite a reconhecer e celebrar o sacrifício supremo do Bendito Cordeiro, que com Seu sangue nos resgatou para Deus e nos conduziu a uma nova vida, marcada pelos efeitos gloriosos de Sua ressurreição.

Que a gratidão por esse sacrifício nos inspire a viver em novidade de vida, proclamando o poder libertador do sangue do Bendito Cordeiro — Aquele que morreu, mas está vivo pelos séculos dos séculos.

Amém! Pr. Alex Oliveira – vosso servo!