O Natal, sem dúvida, é para nós, cristãos, uma das celebrações mais ricas e transformadoras da nossa fé. É o tempo em que contemplamos o maior presente já concedido à humanidade: Jesus Cristo, o Filho de Deus, o Emanuel que veio ao mundo em humilde forma humana para trazer salvação e esperança.
Contudo, ao longo da história, essa festa tão especial foi sendo revestida de símbolos e personagens que pouco ou nada têm a ver com a verdadeira história apresentada a nós pelos evangelhos. Entre eles, destaca-se o famoso “bom velhinho”, aquele de roupas vermelhas, com seu conhecido “ho, ho, ho” e que desce pelas chaminés das casas com um saco de presentes às costas — o Papai Noel.
Não há nada de errado em falar de bondade, de generosidade ou em expressar carinho por meio de presentes. O desafio surge quando a figura do famoso velhinho passa a ocupar o centro de toda a festa, deslocando Aquele que é a razão de tudo do seu verdadeiro lugar. Quantas crianças crescem encantadas com histórias de trenós e renas, mas nunca ouviram falar que o verdadeiro propósito de toda a celebração de Natal é o nascimento virginal do Salvador? Quantos lares se enchem de luzes e adereços coloridos, mas permanecem apagados, sem a luz da verdade?
Como igreja, somos chamados a dizer, com amor, mas também com convicção: “Sai do meu Natal, Papai Noel!” Não porque sejamos contrários à alegria ou à imaginação, mas porque não podemos consentir que a profética mensagem da encarnação seja sufocada pelo peso do consumismo e da fantasia. O Natal não é um desfile de compras em shopping centers, nem uma corrida aqui e ali por embalagens coloridas. O Natal é Cristo, Emanuel, o Deus conosco!!!
Quando retiramos Papai Noel do centro, abrimos espaço para que Jesus Cristo resplandeça com toda a sua graça. Podemos ensinar às nossas crianças que o maior presente não vem do Polo Norte, mas de Belém, e que a verdadeira alegria não está nas embalagens coloridas debaixo de árvores enfeitadas, mas em corações verdadeiramente rendidos e agradecidos. Podemos anunciar ao mundo que o Natal não é uma mera tradição cultural, mas a celebração da esperança viva que nos alcançou.
Que tal resgatarmos o verdadeiro espírito do Natal? Leia a narrativa do nascimento de Jesus, ore em família, agradeça pelo dom da salvação, pratique a solidariedade com quem sofre. Que cada gesto seja uma declaração de que não há espaço para Papai Noel no nosso Natal. Jesus é o motivo da nossa celebração!
Assim, o Natal deixará de ser apenas uma data no calendário e se tornará uma oportunidade sagrada de proclamar ao mundo que Cristo nasceu — e isso, definitivamente, muda tudo.
Pr. Alex Oliveira – vosso servo.