As luzes da cidade, o agito das ruas, as mensagens de felicitações natalinas estão por toda parte, formando o cenário comum de dezembro. Memórias felizes, muito encanto e alegria associam o último mês do ano a um período especial que nós, cristãos, alegremente selecionamos para a comemoração do Natal, o nascimento mais marcante da história, a vinda do Messias ao mundo dos homens.
Não há porque rejeitar as comemorações natalinas, confraternizações, árvores enfeitadas e até mesmo os presentes voluntários recebidos de pessoas amadas. Ao contrário do que afirmam alguns cristãos precipitados, o Natal não é uma festa pagã. Os cristãos comemoram no Natal o evento bíblico do nascimento do Messias, pouco importando a data, que ninguém pode afirmar qual seja com certeza. A árvore também é criação de Deus e aparece na Bíblia desde o Gênesis até o Apocalipse. Aqueles que visitaram o recém nascido Jesus também deram-lhe presentes voluntários: “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (MATEUS 2:11).
Aqueles que ainda pensam em Papai Noel quando pensam em Natal, certamente assimilaram um acréscimo secular à festa cristã. Para quem ainda alimenta expectativas quanto à chegada do bom e gorducho velhinho, vale o questionamento acerca de quem ocupa o centro do Natal. Convido aqueles que ainda esperam pelo Papai Noel a fazerem uma excelente troca, especialmente no ensino aos pequeninos. Troquem o culto, a alegria e a esperança destinados ao Papai Noel pela fé no Papai do Céu, assim como fizeram os pastores que, sabendo do nascimento de Jesus, comemoraram “glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora dito” (LUCAS 2:20).
O Papai Noel é apenas uma invenção humana, uma figura popularizada nas propagandas da Coca-Cola desde o século XIX. Ele não existe e nada pode fazer pelos homens, ao passo que o Papai do Céu existe e apresentou-se à humanidade na pessoa real e histórica de Jesus de Nazaré. Por não existir solução humana para o maior problema do homem, que é o pecado, Deus se fez carne e habitou entre nós, apenas motivado por seu grande amor.
O Papai do Céu já enviou o grande presente para todos os homens. Assim como os judeus esperavam pelo Messias a fim de experimentarem uma nova vida, nós ainda hoje almejamos uma vida melhor. Essa vida só é possível para quem conhece a Jesus! O Papai do Céu enviou este presente especialmente para enfermos, maldosos, rejeitados e toda espécie de gente marginalizada. “E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento” (MARCOS 2:17).
O Papai do Céu é o único ser digno de ser cultuado. A fé, a esperança, a admiração, a adoração de nossos corações devem ser direcionadas apenas a Deus. Vamos falar a todos do presente que o Papai do Céu nos enviou e que o Papai Noel não pode nos dar. Assim fizeram os pastores de Belém: “E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam” (LUCAS 2:16-18).
Tenham todos um Feliz Natal em torno de Jesus, o verdadeiro centro da festa natalina!
Pr. Tarcísio F. Guimarães