CULTO APROVADO POR DEUS

“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente;
cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente.”
(I CORÍNTIOS 14:15)

O culto cristão é um serviço dos crentes a Deus. Portanto, deve ser realizado em concordância com os princípios bíblicos. Assim como Paulo dirigiu-se à Igreja de Corinto no 1º século para instruí-la acerca do culto aprovado por Deus, devemos continuar chamando a Igreja a refletir acerca daquilo que é ofertado ao Senhor. Paulo relembrou as diferenças entre culto cristão e culto pagão. Nós, cristãos da atualidade, também devemos considerar as diferenças entre o culto aprovado por Deus e o culto que o homem tem feito a si mesmo.
O ensino bíblico é claro! Devemos cultuar com o espírito, isto é, devemos orar e cantar com o coração, expressando aquilo que está no interior de uma vida dirigida pelo Espírito de Deus. A palavra utilizada pelo Apóstolo é pneumati, que pode ser traduzida por “espontaneamente” ou “piedosamente”. Assim, o culto que Deus espera receber dos seus servos deve ser caracterizado por verdade, gratidão e alegria (EFÉSIOS 5:19,20).
De igual modo, o entendimento no culto a Deus é inegociável. A mensagem deve ser emitida com clareza (vv. 6,13) e a resposta de quem ouve a mensagem deve ser consciente (vv. 9,11). O Apóstolo apresenta exemplos de mensagens que necessitam de clareza: instrumentos musicais, incluindo a trombeta do soldado, e idiomas (vv. 7,8,10,11). É preciso conhecer profundamente a mensagem, transmitindo-a de modo inteligível e eficaz (vv. 16-19). A palavra utilizada por Paulo é noí (dativo de nous) e significa “compreensão” ou “intelecto”. Podemos, então, concluir que os cristãos devem orar e cantar com lucidez (v.32), com ordem e decência (vv. 33,40), demonstrando conhecimento daquilo que Deus revela (ISAÍAS 1:10-17; OSÉIAS 6:6).
O prazer que temos em participar dos cultos ao Senhor será tão mais intenso quanto maior for o prazer do nosso Deus ao receber e aprovar o culto (JOÃO 4:22-24). Oxalá que cada reunião da nossa Igreja seja marca por sincero quebrantamento pessoal e inquestionável solidez doutrinária. Enquanto cultuamos, seja Deus glorificado, a Igreja edificada e os pecadores chamados ao arrependimento e à fé em Cristo!

Pr. Tarcísio F. Guimarães