(Texto publicado originalmente no Boletim Dominical da PIB DIV em 14/09/2014 e reeditado nesta data sem alterações)
As declarações que acompanham as eleições brasileiras a cada 2 anos estão de volta. Algumas necessárias, outras dispensáveis e algumas outras desnecessárias. Temos ouvido mais uma vez que “eleição é sempre a mesma coisa” e “nada vai mudar mesmo”. Há quem diga que “todo político está interessado apenas em seus próprios ganhos” e, por isso, seria bom não ter que votar e perder tempo.
Reconheço que nosso sistema político é falho, permite que o poder econômico influencie o processo eleitoral, admite pessoas despreparadas como candidatos a funções importantíssimas nos governos, tolera partidos políticos inconsistentes. Todavia, ainda é o melhor caminho que conhecemos para escolher ocupantes de funções legislativas e executivas em nossa nação.
Pior que o processo eleitoral deficiente é o eleitor deficiente, que faz de conta não ter relação alguma com as eleições. Não conhece os candidatos, não analisa bandeiras ideológicas e propostas de campanha, não investiga o histórico daqueles que já foram eleitos em outros momentos. Seu voto é perdido porque sua vontade não é fruto de atitude cidadã responsável.
O voto perdido é praticado por quem vota somente nos candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto, sem considerar que existem candidatos liderando pesquisas enquanto respondem processos na justiça, por envolvimento com corrupção política. Perde o voto quem vende seu voto e, assim, troca 4 anos de governo por pequenos mimos, corrompendo-se e cometendo crime. O voto é perdido quando alguém vota no candidato do patrão, do pastor, do vizinho, sem conhecer o candidato.
Convido você a agir como cristão coerente e cidadão consciente neste momento delicado da história do Brasil. As pessoas e os partidos que serão escolhidos para administrar os Estados e a União influenciarão diretamente nossa vida, nossa família, nossas empresas, nossa Igreja. E isso tudo por longos 4 anos! Não perca seu voto. Ore ao Senhor em busca de discernimento para votar de modo acertado. Conheça partidos e candidatos, por meio de suas ideologias e planos de governo expostos na TV, no Rádio e na Internet. Pesquise o histórico de quem já foi eleito para algum posto político. Busque informações sobre o que os candidatos pensam da fé cristã e dos valores que você considera inegociáveis. Dedique tempo à reflexão antes de decidir em quem votar.
Minha oração é para que você vivencie o conselho de I Coríntios 10:31: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”.
Pr. Tarcísio F. Guimarães