A Páscoa, que deriva da palavra hebraica “pessach”, significa literalmente “passar por cima”. Sua origem é apresentada no Antigo Testamento, originalmente celebrada pelos hebreus como uma das suas três grandes festas anuais (ÊXODO 23:14-19). Sua realização comemora a libertação concedida por Deus aos seus filhos oprimidos no Egito, quando Moisés os orientou a sacrificarem um cordeiro em honra ao Deus libertador e marcarem suas casas com este sangue de um cordeiro sacrificado, o que indicaria aliança com Deus e pouparia a vida dos primogênitos na passagem do anjo de morte sobre as casas no Egito, durante a execução do juízo de Deus sobre a casa de Faraó (ÊXODO 12:3-28).
O cordeiro é um símbolo presente na história e na mensagem da páscoa. Isaías, ao profetizar que o Messias viria ao mundo libertar o povo de Deus da opressão espiritual, revela que o sacrifício de amor do Salvador seria semelhante à morte de um cordeiro levado inocentemente ao matadouro (ISAÍAS 53:7). Jesus, ao apresentar-se como plano de Deus para a salvação da humanidade, foi reconhecido por João Batista como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (JOÃO 1:29,36). Assim como o sangue do cordeiro sinalizou aliança com Deus no meio do Egito, o sangue de Cristo identifica-nos como seus filhos, pois, neste sangue somos lavados do pecado e libertos da opressão de Satanás imposta a todos que vivem neste mundo sem Deus.
Mas, onde nasceu a relação entre páscoa e coelho? Por que muitos trocam o cordeiro pelo coelho na comemoração da páscoa cristã? Nos relatos bíblicos e na história da Igreja Cristã não se encontra qualquer símbolo de fé relacionado ao coelho. Esta associação nasceu no antigo Oriente, entre diversos povos que utilizaram o coelho como símbolo de fertilidade, por ter grande capacidade reprodutiva, e os ovos como símbolos de nascimento e renovação da vida. Cristãos do antigo Oriente aceitaram associar o ovo à ressurreição da vida e influenciaram alguns grupos cristãos europeus que, equivocadamente, passaram a presentear-se mutuamente com ovos na época da páscoa.
Somente no século XX esta tradição inventada por homens popularizou-se, por meio da comercialização de ovos de chocolate na época de comemoração da páscoa. Então, o crescente consumo de chocolate em todo o mundo, somado à imensa sede do comércio por lucro, consagrou a imagem do coelho como o perfeito personagem da festa dos ovos, apesar de ser o coelho um mamífero, naturalmente incapaz de pôr ovos.
Não é o coelho o símbolo da nossa remissão. Não foi um coelho que entregou-se por nós no calvário, mas o Cordeiro de Deus (I PEDRO 1:19). Não foi um coelho que ressuscitou gloriosamente após o terceiro dia da crucificação, mas o Cristo vivo e vencedor sobre a morte. O coelho, bela criação de Deus, não é digno de receber o louvor devido unicamente ao Deus criador encarnado na pessoa de Jesus de Nazaré. Somente o Cordeiro de Deus é digno de notoriedade (APOCALIPSE 5:12) e somente nele temos esperança de vida eterna (APOCALIPSE 19:7). Sendo assim, nesta época de páscoa troque o coelho pelo Cordeiro.
Pr. Tarcísio Farias Guimarães
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