SER MULHER NO SÉCULO XXI
Ser mulher em nosso tempo é aprender a encarar desafios que têm acompanhado o gênero feminino na história da humanidade, mas também reconhecer outros desafios próprios do século XXI. Graças a Deus porque os desafios podem oferecer oportunidades de crescimento e superação. Deus deu à mulher capacidade para assumir de modo belo e seguro sua missão na Igreja, na família e na sociedade.
Penso que a mulher do século XXI tem sido apresentada constantemente a dois desafios quando o assunto é seu lugar no mundo. Por um lado, o velho e inaceitável rebaixamento de gênero, que pode ser visto em diferentes culturas e em vários ambientes. Por outro lado, a questionável e contraditória causa feminista radical, que poderia ter se tornado uma causa nobre mas se deixou contaminar pela enfermidade que sempre combateu: a intolerância ao gênero diferente.
A mulher do século XXI precisa reconhecer a beleza do gênero feminino, recusando-se a acreditar que ser mulher é ser inferior. Há religiões que consideram a mulher um ser de segunda classe. Em algumas sociedades a violência à mulher é tolerada, simplesmente porque o homem é autorizado a fazer o que quiser com a mulher. Em muitas famílias a notícia do nascimento de uma mulher é lamentada, já que o nascimento de um homem é considerado um feito especial. É claro que não é aceitável a depreciação da criação amada por Deus.
Perigoso também é o movimento feminista, cada vez mais hardcore, intransigente na defesa do empoderamento feminino, a ponto de sugerir que a mulher pode viver sem qualquer relação com o gênero masculino. A quebra da harmonia entre os gêneros tem feito surgir movimentos insanos como a “marcha das vadias”, que expõe ao máximo o corpo feminino, desvalorizando-o em nome da liberdade sem limites. A defesa equivocada do aborto, em nome do domínio completo da mulher sobre o seu corpo, faz com que a morte de vidas inocentes seja justificada pela emancipação de vidas conscientes. Até mesmo no âmbito da Igreja de Cristo temos visto a rejeição a algumas verdades eternas, fazendo com que a mulher cristã assuma papéis para os quais não foi criada e o peso deste posicionamento secularizado.
Concordo com o Pr. David Merkh quando diz que homem e mulher são “iguais no ser, diferentes no fazer”. Assim, é possível reconhecer que homem e mulher são igualmente amados e valorizados pelo Criador. Todavia, não podemos esquecer que a esposa deve submeter-se à liderança do seu marido (EFÉSIOS 5:22, 24), assim como os filhos submetem-se aos pais, os crentes submetem-se aos seus pastores, que segundo a Bíblia são sempre homens, e a Igreja submete-se ao seu Cabeça, que é Cristo. Baseado no grande mandamento do amor, cada indivíduo deve assumir o seu papel e servir ao outro, “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (EFÉSIOS 5:21). Ao homem é ordenado por Deus amar sua esposa de modo sacrificial e honroso (EFÉSIOS 5:25-29).
Ser mulher no século XXI é continuar convivendo com o privilégio e as lutas próprias do gênero feminino, mas é também ter a oportunidade de vivenciar equilibradamente a fé, os relacionamentos interpessoais e as atividades sociais. Em tudo, a mulher pode confiar no cuidado daquele que a criou com amor, o Deus que no princípio “homem e mulher os criou (…) E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (GÊNESIS 1:27,31).
Pr. Tarcísio Farias Guimarães
Pastor Tarcísio
Seu texto é muito bom, porém é infeliz em usar o termo “gênero” em vez de sexo.
Por outro lado, destaco que a sua postura bíblica quanto a não ordenação de mulheres ao pastorado. Deus criou o homem para liderar e prover e a mulher para ser companheira e auxiliadora, e não para exercer autoridade sobre o homem.
Entendo também que a mulher casada, com filhos pequenos, deve priorizar o lar, o cuidado com os filhos (Tt 2.3-5). No trabalho, certamente, ela ficará dividida entre o serviço e os filhos (preocupada com eles).
Aliás, um dos grandes problemas da sociedade é a masculinização da mulher. Veja que muitas mulheres já não querem ter mais filhos (querem ser igual aos homens); querem ir ao mercado de trabalho (que nem os homens), e assim por diante.
A mulher se realiza no lar e é lá que pode dar a maior contribuição à sociedade, com filhos bem educados.
Já disse certa vez que o esvaziamento das nossas prisões começa no lar, com filhos bem educados.
Colocando-nos diante da sociedade, vemos que até o governo quer colocar tantas mulheres quanto homens nos legislativos, enfim, fomenta-se o abandono do lar, sendo que devemos lutar pelo fortalecimento do mesmo.
Há mulheres que desejam ser iguais aos homens no consumo de bebida, e em outros vícios, como fumar.
Na semana passada, vi uma reportagem que dizia que a prisão de mulheres aumentou 503% nestes últimos dez anos.
Tudo isso nos mostra que devemos cuidar do lar, da família, da papel de ambos biblicamente observado.
Que Deus nos ajude nisso!
Prezado Carlos Osmar Trapp,
Agradeço-lhe pelo interesse na leitura do texto e pela observação.
Tenha um dia feliz na presença do Senhor!
Pr. Tarcísio F. Guimarães
Pr. Tarcísio
Obrigado pela resposta!
Fico feliz por essa igreja, que é mãe de várias outras. Além disso, sadia doutrinariamente!
Parabéns!