“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” (1 João 2:15)
Com a chegada do mês de junho, muitos se deparam com um tema que, embora popular, merece reflexão séria por parte dos cristãos: podemos ou não participar das chamadas Festas Juninas? Alguns veem nelas apenas um evento cultural e folclórico, mas, como discípulos de Cristo, somos chamados a examinar “todas as coisas” e reter o que é bom (1 Tessalonicenses 5:21). E mais: a nossa santidade não pode ser sacrificada no altar do entretenimento e da idolatria.
As Festas Juninas têm raízes que remontam à antiguidade pagã. Povos como os romanos, celtas e egípcios realizavam nesta época do ano rituais de fertilidade, colheita e agradecimentos a deuses como Juno (daí o nome “juninas”) e outros. No Brasil, essas festas foram trazidas pelos portugueses ganhando contornos religiosos com a adoração a santos populares como Santo Antônio, São João e São Pedro. Cada elemento da festa — fogueira, balões, quadrilha, comidas — carrega consigo símbolos de oferendas, idolatria e práticas que a Bíblia condena veementemente (Êxodo 20:1-5; Deuteronômio 18:10-11; Eclesiastes 9:5-6).
Não se trata apenas de um “clima caipira”, mas de um ambiente que muitas vezes, promove sincretismo religioso, crendices populares e até zombaria. O casamento, por exemplo, é frequentemente ridicularizado em encenações onde o noivo foge, sendo forçado a casar-se com uma noiva grávida à base de ameaça. Isso desonra o matrimônio, que é algo sagrado diante de Deus (Hebreus 13:4). Da mesma forma, o homem do campo, digno de respeito e honra por seu trabalho, é retratado como ingênuo, desleixado e motivo de risos — uma afronta direta ao princípio da dignidade humana defendida pelas Escrituras (Provérbios 17:5).
Infelizmente, muitas igrejas ditas evangélicas têm abraçado versões chamadas “gospel” dessas festas, talvez numa tentativa de manter os jovens envolvidos ou evitar a evasão de membros. Mas será que deveríamos comprometer as verdades bíblicas em nome da popularidade? A Bíblia diz: “Adúlteros! Não compreendeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tiago 4:4). A santidade não é opcional. É um chamado.
Nosso papel, como Igreja de Cristo, é oferecer uma resposta firme, amorosa e bíblica. Não basta dizer “não” — é preciso explicar o porquê. E o “porquê” é simples: somos povo separado, luz do mundo, sal da terra. Como disse John Stott: “Não devemos preservar nossa santidade fugindo do mundo, nem sacrificá-la nos conformando a ele.” Que o Senhor nos fortaleça para vivermos com convicção, mesmo quando isso nos fizer nadar contra a correnteza.
Pensemos nisso!
Pr. Alex Oliveira – vosso servo!