CONTENTAMENTO
O que seria classificado como importante frente a um prognóstico médico estimando mais 30 dias de vida para você? Você lembra das coisas que todo mundo lutava para possuir há 20, 30 anos e que ninguém valoriza atualmente? Será que as pessoas são felizes hoje ou estão transferindo a felicidade para um futuro sonhado (e incerto!) com casa própria, carro novo, saúde e dinheiro no bolso? Nossa geração é contente, isto é, satisfeita com aquilo que tem e faz?
Jesus nos chama ao contentamento no viver quando, em LUCAS 12:15, assevera: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui”. O Senhor estava confrontando gente que, mesmo sendo religiosa, não estava desfrutando da presença de Deus. Faltava relacionamento vivo com Aquele que nos guia por caminhos justos e nos protege do mal, concedendo-nos satisfação no viver.
Instruções práticas para a vida cristã no último capítulo da Carta aos Hebreus, incluem o conselho divino dos versículos 5 e 6: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” Esta resposta ao assédio do dinheiro e das demais coisas que o mundo elege como valiosas vem do SALMO 118:6 e foi muito encorajadora para os cristãos do século I, acerca dos quais foi dito: “aceitastes com alegria o espólio de vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável” (HEBREUS 10:34).
O escritor Wayne Cordeiro faz distinção entre preocupações e responsabilidades no Livro “Andando com o tanque vazio?”, publicado no Brasil pela Editora Vida. Na página 68, ele afirma: “Se errarmos ao definir preocupações como se fossem responsabilidades pessoais, terminaremos confusos e nossas energias ficarão dispersas”. Eis o alerta para aqueles que se têm deixado coisificar na luta pelas coisas que fazem os olhos dos homens brilharem no mundo.
Deixando o apego àquilo que é transitório e incapaz de produzir genuíno contentamento em nós, cantemos com convicção o Hino “Cristo Satisfaz”, nº 395 do Cantor Cristão: “Riquezas não preciso ter, mas, sim, celeste bem; Nem falsa paz ou vão prazer, porquanto o crente tem eterno gozo no Senhor, por desfrutar o seu amor. Com Cristo estou contente, Ele me satisfaz; Com esse amor do Salvador, agora estou contente. Agora estou contente.”
O Videogame ATARI, o Ford Escort XR3 e as roupas com ombreiras passaram. Eu fui criança nos anos 80 e vi muita gente sonhando com estas coisas, que hoje servem apenas para contar uma pequena parte da nossa história. Servem também para nos relembrar que o nosso contentamento deve vir do relacionamento vivo com Deus e da certeza de que, em Deus, estamos verdadeiramente satisfeitos. Ele nos ama, por isso, somos contentes.
Pr. Tarcísio F. Guimarães