O AMOR QUE NOS MOVE

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16

Este versículo resume o Evangelho. Se toda a Bíblia fosse perdida, mas esse único texto fosse preservado, ainda assim teríamos a essência da vontade de Deus para o mundo. Ele contém a razão, a intensidade, a amplitude e a ação do amor divino.

A mensagem começa com uma razão: “porque”. Isso revela que há um motivo para nossa missão. Não evangelizamos por superioridade, mérito ou simples obediência. Não é por termos recursos ou habilidades. A causa da missão é o amor de Deus. Quando perdemos essa visão, nossa obra se torna contaminada. A razão maior de tudo o que fazemos é o amor do Deus eterno — Aquele que não precisava amar, pois é completo em Si mesmo, mas escolheu amar e se relacionar conosco. Por isso, fazemos missões: por causa desse amor que nos alcançou.

O segundo aspecto é a intensidade: “de tal maneira”. O amor de Deus é profundo, forte, completo. Amor não é apenas sentimento, mas atitude. Em 1 Coríntios 13, vemos que o amor verdadeiro se manifesta em ações. Deus não apenas sentiu amor: Ele agiu. Ele entregou. Ele deu o Seu Filho. Essa é a referência para nossa vida: amar com profundidade, com entrega, com disposição para servir, mesmo que isso pareça loucura aos olhos do mundo.

Em terceiro lugar, esse amor é amplo. Deus não amou apenas a mim, nem apenas a minha família, meu povo ou meu país. Deus amou o mundo. Isso inclui todas as pessoas, em todos os tempos, com todas as suas falhas. Isso nos impede de escolher quem merece ou não ouvir o Evangelho. Mesmo aqueles que julgamos difíceis, Deus amou. E se Deus os amou, devemos levar esse amor até eles. A missão não será cumprida se escolhermos a quem amar. O amor de Deus é inclusivo, abrangente e universal.

E por fim, o amor de Deus se expressa em ação. Ele não apenas amou; Ele deu. Ele enviou Seu Filho — o mais precioso, o único. O Filho foi entregue para morrer. Amor verdadeiro sempre gera atitude. Ele não se limita ao interior; ele sai de nós e alcança o outro. Amar é agir em favor do outro, mesmo que isso custe algo a nós. Esse é o teste: o quanto fazemos pelo outro? O quanto do nosso amor se traduz em entrega?

A vida eterna, como ensina o próprio Jesus em João, não é apenas algo futuro. É conhecer a Deus e ao Seu Filho. É algo que já vivemos, e que crescerá ainda mais. Por isso, sejamos constrangidos por esse amor e comprometidos com a missão de anunciá-lo a todos.

Pr. João Marcos Barreto Soares

Diretor-Executivo de Missões Mundiais