Pastor prega “lipoaspiração divina”. Fiéis afirmam que, depois da oração do “pastor”, suas roupas ficaram mais largas. O pastor afirma que tal “milagre” é obra do Espírito Santo. Pastor entra com carro importado na igreja para que os fiéis passem as mãos e sejam, assim, abençoados. Pastor mergulha em um rio poluído para que Deus abençoe os fiéis. Essas e outras “bizarrices” têm sido apresentadas ao povo evangélico brasileiro nos últimos dias. Pseudo-pastores, formados em cursos de teologia de quinta categoria (quando há), pregam um pseudo-evangelho, mostrando ao Brasil e ao mundo a que ponto chega a ousadia de alguns lobos em pele de pastores. Para estes, o puro e simples evangelho se transformou no “EVANVELHO”, totalmente ultrapassado, que não atende mais às expectativas de um grupo cujos valores eternos são facilmente trocados pelo ter, conquistar e ser. Para estes: viva o novo!
O novo que enche os templos e que dá bens materiais. O novo que só cura as doenças do corpo, será? O novo do dietético e do estético. O novo que alegra e traz prazer. O novo do mundo gospel, dos popstars da fé. O novo do instantâneo e da aparente vitória contra as mazelas da vida. O novo da gritaria, da insanidade, dos rodopios e do emocionalismo liberado. Viva o novo do “pode tudo”, do “não tem nada a ver” e do “tem fogo aqui”. O novo do proselitismo, dos pescadores de aquário, das águas bentas e das rosas ungidas. Viva o novo do sal grosso, dos cajados de Moisés e das chaves do paraíso. Viva o vazio, a tristeza e a pobreza da alma. Viva o novo que te dá o controle. Que coloca Deus aos seus pés. Viva o novo que traz o céu à terra. Viva o novo do ecumenismo e do conformismo com o mundo. Viva o novo dos apóstolos pós-modernos, do pastorado feminino e dos semideuses da modernidade. Viva o novo dos forrós, dos rodeios e das baladas gospel. Viva o novo do relativismo, do liberalismo e de todos os ismos possíveis. Viva o novo do cai-cai, das leoas da tribo de Judá e das águas bentas do rio Jordão. Viva o novo do “é proibido pensar”, dos seguranças de plantão, dos púlpitos blindados e dos shows milionários. Viva o novo dos lugares VIP, dos shows, da pirotecnia. Quanto vale o evangelho? Para estes, nada. É só um punhado de papéis num livro velho. Letras mortas e insuficientes. Ultrapassadas. Perigosas.
Para nós? Vale tudo. Por isso, VIVA O VELHO! O velho da cura interior, da transformação e do arrependimento. O velho da perseverança frente às circunstâncias. O velho da verdade, da realidade e dos tempos difíceis. O velho dos presídios, da ressocialização, da mudança de vida, da dignidade restaurada e da comunhão. O velho do começar de novo. O velho do amor, da paciência e da submissão. Sim, viva o velho. O velho da cruz e do sangue. O velho e bom evangelho. O evangelho de ontem, de hoje e eternamente. O evangelho da justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Viva o velho que confronta e que faz pensar. O velho que edifica e encoraja. O velho que faz missões. O velho que nos faz marchar, não para Jesus, mas por Jesus. Viva João 3:16 e Romanos 5:20. Viva Mateus 11:28-30 e João 14:6. Viva 1 João 1:7 e 1 Timóteo 2:5. Viva Efésios 2:8,9. Viva Lucas 9:23. Viva o Verbo, viva a Vida. Viva o velho!
Pastor Alex Oliveira – vosso servo!